Domingo, 3 de Maio de 2009

EUROMILHÕES! EUROMILHÕES!

"Euromilhões! Euromilhões! A criar excêntricos todas as semanas!!"

 

Não foi fácil começar este post... Havia um sem numero de coisas interessantes para escrever. Tanta coisa aconteceu neste curto período de tempo: tudo começou com a Sara a constipar-se. Foi o meu baptismo de fogo nas doenças da minha filha. Na semana seguinte (a última da minha licença) apanhou uma gastroenterite e teve de ficar internada uma noite e um dia a soro. Foi mais ou menos esse o período de tempo que passei sem dormir. Passado esse período terrível para ela veio um não menos terrível para nós. Quando chegámos a casa, eu e o pai ficámos com gastroenterite. Vómitos, diarreia, febre (ora um calor insuportável ora um frio cortante). Foi assim por dois ou três dias e depois passou. Quando dei conta era o meu dias de anos... 31. Trinta e um anos mas parece que só agora comecei a viver. Tudo o resto foi uma aprendizagem... para perder em ingenuidade e credulidade dos primeiros anos e ganhar em confiança, instinto e força de vontade.

Ainda em convalescença, não cheguei a celebrar convenientemente o meu aniversário (neste aspecto serei uma eterna criança! Para mim todos os aniversários devem ser celebrados. É tão bom estar viva e na companhia de quem me quer e a quem quero bem!)

Segunda-feira. De volta ao trabalho. Para muitas mulheres uma angústia que leva meses a passar. Eu, que não sou exemplo para ninguém no que respeita a ser mãe-galinha, creio ter-me preparado bem para este dia. O pai ficou em casa com a bébé na primeira semana e ela já estava familiarizada com a creche pelo que a adaptação foi tranquila. E na verdade eu também já estava a precisar de readquirir um pouco da minha essência, mesmo não me tendo apercebido disso antes.

Fez-me bem voltar ao circulo profissional. Ter conversas que não sobre bébés, horários que não de mama, fralda ou sonos, percursos que não o da creche ou do centro de saúde. E sobretudo, vestir outra coisa que não o pijama!

 

Todos estes temas dariam posts fantásticos... mas decidi não os elaborar. Prefiro falar de algo que não está tão à superfície e que só saberão se vos contar.

 

Desde há uns meses para cá dei comigo a preencher o Euromilhões com umas "borboletas no estômago". Aquele nervoso miudinho de quem joga e pode sair vencedor a qualquer instante. Que subita ansiedade era esta? Eu, que nunca tive fé neste tipo de jogo, que sempre confiei apenas e só nos frutos do meu trabalho para viver, que nunca fui ambiciosa ao ponto de querer ter tanto dinheiro que nem saberia o que fazer com ele... eu que só jogava no euromilhões quando desafiada...

Decidi não pensar muito nisso. Deixa cá libertar esta ansiedade ridícula e brincar ao faz-de-conta com dez euros.

Com a Sara ao colo lá fui eu meter o Euromilhões. Estava a pagar quando a lojista me perguntou: "É a sua primeira filha?" Eu saquei do habitual: "Primeira e última!" Mas depois de dois ou três segundos disse: "Filha, se nos sair o Euromilhões, ainda ganhas mais um irmão!" Pus toda a gente a rir na loja, mas foi nesse instante que se fez Click na minha cabeça. Toda esta ansiedade à volta do prémio do Euromilhões estava explicada.

Com o nascimento da minha filha dei por mim a sonhar mais alto que o costume... a querer mais do que o costume... mais para mim, mais para ela, mais para os meus.

No silêncio das tardes passadas a ver a minha filha dormir sonhei muitas vezes com uma vida que me permitisse ficar em casa para cuidar dela como gostaria, que me permitisse assegurar as bases do seu futuro. Uma casa, uma boa educação, um negócio, um pé-de-meia.

Uma vida de sacrifícios ajuda-nos a saber gastar e poupar.

Mas não tem de ser necessariamente assim... Podemos dar valor sem passar por tantas necessidades.

Mesmo não ganhando o Euromilhões, de uma coisa tenho certeza... a minha filha jamais vai passar pelas mesmas necessidades que eu passei. Nunca terá de abdicar de nada que seja seu. Nunca terá de ser usada como moeda de troca, arma ou escudo diante de uma dívida por cobrar. Isso nunca!

Nos meus mais doces sonhos a nossa vida seria feita de passeios e sorrisos!

Quantas vezes não passamos o tempo a delirar com as reacções que teríamos se ganhássemos o Euromilhões? O pai diz que ia tomar banho todo nú na Rotunda ao lado de nossa casa! Já eu fazia uma mega fogueira com todas as roupas do meu guarda-fatos!!! Em ambos os casos creio que dava direito a ajuntamento de gente e um ou dois carros de polícia, por isso...fiquem atento(a)s!

Depois de darmos tudo o que queríamos dar aos nossos, faríamos umas férias a termo incerto e aproveitaríamos os nossos filhos e o nosso amor à milésima!

Até lá (isto é que é convicção!) resta-me sonhar e meter um Euromilhões todas as semanas... nunca se sabe!

 

E se nunca me sair o Euromilhões... não faz mal. O sorriso da minha filha mostra-me todos os dias que já sou uma vencedora. Ganhei o melhor prémio. Sou mãe.

 

A todas as mães: às que já o são há tantos anos que aos filhos já somam netos, às que começaram agora, as que ainda os carregam no ventre e sobretudo às que, mesmo nunca tendo tido filhos seus, o são no coração... a todas, um feliz dia da mãe!

 

 

 

 

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